TROVAS
Sersank Kojn
Se a fé transporta montanhas,
se a esperança as sobrevoa,
o amor lhes rompe as entranhas,
o amor as desamontoa.
Não morrem de inanição,
medram por mágicos meios,
os sonhos de que abres mão
a bem dos sonhos alheios.
Melhores são como heróis,
em face aos que a guerra faz,
os que dão asas e voz
ao velho sonho da paz.
Fidelidade - palavra
que se diz como a exigir,
campo infértil que se lavra
crendo que irá produzir.
Por mais pungente é abstrata
A dor que nos outros vemos.
Só dói a que nos maltrata,
Só nos mata a que sofremos...
Felicidade é essa estrela
Que num sorriso acendemos.
Se em outros podemos vê-la,
Em nós nunca a percebemos...
se a esperança as sobrevoa,
o amor lhes rompe as entranhas,
o amor as desamontoa.
Não morrem de inanição,
medram por mágicos meios,
os sonhos de que abres mão
a bem dos sonhos alheios.
Melhores são como heróis,
em face aos que a guerra faz,
os que dão asas e voz
ao velho sonho da paz.
Fidelidade - palavra
que se diz como a exigir,
campo infértil que se lavra
crendo que irá produzir.
Por mais pungente é abstrata
A dor que nos outros vemos.
Só dói a que nos maltrata,
Só nos mata a que sofremos...
Felicidade é essa estrela
Que num sorriso acendemos.
Se em outros podemos vê-la,
Em nós nunca a percebemos...
Não sei qual a mais pungente
Das saudades que hoje sinto:
Se a do extinto amor, recente,
Se a do antigo amor, extinto.
Não maldigas da saudade
O aguilhão que te aniquila,
Pois, mais triste que a saudade
É o não ter por quem sentí-la...
Quem ama, sofre. É o reclame
Do coração que chameja.
Mas, pobre do ser que ame
Quando, em paga, odiado seja!
Comigo envelhecem sonhos
Que nunca realizarei.
Brindo, pois. Brindo aos meus sonhos.
Brindo à vida que sonhei!
Guarda-nos, certa, o futuro
A morte, por termo ao fado.
Mas o que mata, no duro,
O que nos mata é o passado.
Triste dilema o do triste
Amante entregue à paixão.
Se a razão lhe diz – Desiste!
Diz-lhe: - Insiste! – o coração...
Sibila o vento. Troveja.
Brusca, a borrasca arrebenta.
No mar da noite, veleja
minh'alma em outra tormenta...
Vazio carro em corrida
É o dos prazeres, fugaz.
E muita gente, iludida,
Vendo-o passar, corre atrás.
Das saudades que hoje sinto:
Se a do extinto amor, recente,
Se a do antigo amor, extinto.
Não maldigas da saudade
O aguilhão que te aniquila,
Pois, mais triste que a saudade
É o não ter por quem sentí-la...
Quem ama, sofre. É o reclame
Do coração que chameja.
Mas, pobre do ser que ame
Quando, em paga, odiado seja!
Comigo envelhecem sonhos
Que nunca realizarei.
Brindo, pois. Brindo aos meus sonhos.
Brindo à vida que sonhei!
Guarda-nos, certa, o futuro
A morte, por termo ao fado.
Mas o que mata, no duro,
O que nos mata é o passado.
Triste dilema o do triste
Amante entregue à paixão.
Se a razão lhe diz – Desiste!
Diz-lhe: - Insiste! – o coração...
Sibila o vento. Troveja.
Brusca, a borrasca arrebenta.
No mar da noite, veleja
minh'alma em outra tormenta...
Vazio carro em corrida
É o dos prazeres, fugaz.
E muita gente, iludida,
Vendo-o passar, corre atrás.
Felicidade – a viela
Que a vida aponta – é ilusão.
Ao que rasteja, ao fim dela,
A vida aponta a amplidão...
Que a vida aponta – é ilusão.
Ao que rasteja, ao fim dela,
A vida aponta a amplidão...
(Meus direitos autorais estão assegurados por lei, conforme registro nº 366.196, livro 677, fl. nº 356, de 12/01/2006, junto ao EAD/Fundação Biblioteca Nacional do Rio de Janeiro).
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