sexta-feira, 18 de março de 2011

MADRIGAL


Fonte: Banco de imagens do Google

Ah, pobre poeta
que a turba, indiscreta,
a rir, lisonjeia!...
Não passa de um homem
que mágoas consomem
e as grafa na areia...

Em vez de honrarias,
mercês, regalias,
que almeja, no fundo?
O “affair” necessário:
ouvir, solitário,
o ego profundo...



(Do livro "Estado de Espírito", de Sersank)


domingo, 13 de março de 2011

LIÇÃO DAS COISAS

Disponível no Banco de Imagens do Google




Não há o que detenha o avanço
das teias do tempo n’alma.
Teus atos, experiências,
amores, ofícios, reixas,
torcem, distorcem as teias
do tempo que tudo empalma.

Empalma os rastros que deixas
ao mar, no ar, nas areias...
Sutil, em suas cadências,
aranhas mil têm o tempo
a entretecer suas teias...

Dispersam os teus afetos.
Matam os sonhos que enfeixas.
Ai, nada detém o avanço
do tempo em nossas madeixas...

Mas, é preciso te afastes
de vez da porta ilusória
do labirinto das queixas.
As teias sutis do tempo
não atinjam tua essência,
quanto esses rastros que deixas.


Poema de Sergio Sersank (Do livro "Estado de Espírito")
(Direitos autorais protegidos por lei)

terça-feira, 8 de março de 2011

ENQUANTO É NOITE EM MINHA’ALMA


Fonte:
(Disponível no Banco de Imagens do Google)

Eu olho, enquanto sigo, a antiga sombra
que andeja no meu passo,
a sombra minha -
projeção de ser volante,
coisa entre as coisas que o tempo espezinha.                               

Arte a amoldar-se no fumo nas furnas,
crença a evolar-se do sangue na arena,                         
foge entre as pernas que dançam na noite,
mergulha nas águas que a guerra envenena.

Perdida no tropel dos séculos que avançam,
ressurge aqui e ali, num ou noutro país.
Ergue-se da estrada de Damasco.
Treme entre os lampiões de Auschwitz.

Acorre ao átrio do Templo de Delphos.
Queda ao pé da esfinge milenária.
Em tudo a encontro, me segue,
como se necessária. 

Segue-me, inevitável.
Vara comigo a neblina.
Até que a noite em minh’alma
ao sol descerre a cortina.
Porque não projeta a sombra
o ser quando enxerga em círculo
e, por sua vez, ilumina.

(Poema do "Estado de Espírito")



domingo, 6 de março de 2011

CANTIGA DO AMOR AUSENTE


(Disponível no Banco de Imagens do Google)


Com certa freqüência,
e alguma evidência,
um como que eflúvio,
um fluido anormal,
comove-me inteiro;
sugere-me o cheiro
do teu corpo astral.

Me faz ver que espaços
e tempos se fundem
nas coordenadas
do plano sidéreo.
Que nós que provimos
do Grande Mistério,
da Luz Racional,
também convergimos
ao vértice dessa
Energia Total.

Traduz que uma vida
é estrela incendida
na concha do ser.
Sussurra, de leve:
"Se o sonho foi breve,
infindo é o viver..."

Ah, terno arrepio,
que faz tanto bem!...
Eu sei quando o sinto:
é tua alma que vem,
que vem e me envolve,
me enleva,  me  abraça,
me beija do Além...


Poema de Sersank (Do livro "Estado de Espírito")

quarta-feira, 2 de março de 2011

APELO AO AMOR TARDIO












Fonte:
http://api.ning.com/files/uWfVRC*naet6z154RzBPUw09Wm3mD4UTExfoKTGbtEavvA0ywAZ-xTDsqHj3SxZPx1OflyYuALWhjZoHcwJcKRTlmNefA-A3/mulher_pensa1.JPG
Banco de Imagens do Google




Não te demores. Meu tempo,
é ontem. Futuro: agora.   
Se tardas este que há sido
amante e amigo, bastante,
já nada será, Senhora.
Talvez esteja, acredite,
estrelas adiante, aí...
Não te demores; ainda,
agora, me tens aqui...
Se tardas este que há sido,
não será senhor de si.
Errarão, talvez, meus olhos
anos-luz longe de ti.


(Do Livro "Estado de Espírito", de Sersank)

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livro.estadodeespirito@gmail.com

COMENTÁRIO DE ISABEL FURINI, laureada poeta e escritora sobre a obra poética "Estado de Espírito"

http://www.icnews.com.br/2013.03.05/negocios/livros-de-negocios/estado-poetico-de-espirito/

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ESPERANTO: La solvo (A solução)

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