"Enquanto permitirem que as crianças sofram,
não existirá amor verdadeiro no mundo."
Imagem:
http://normandus.files,wordpress.com/2009/03/meninos-de-rua.jpg
Isadora Duncan
Quando a noite, enfim, te alcança,
O que sonharás, criança,
Ao cintilar dos néons?
Há fantasmas, ao relento,
Uivando, uivando no vento,
Não podes ter sonhos bons...
Mal sabes teu sobrenome
E, arrostando frio e fome,
Com outros iguais, ao léu,
A duras penas aprendes
Que não há fadas, duendes,
Nem mesmo “Papai Noel”...
Ecoam nos teus ouvidos
Os tétricos estampidos
Da noite da Candelária.
E lembras (como os contê-los?)
Os suplícios – pesadelos
Da convivência diária.
Sem um tutor que te estime
Desces às raias do Crime -
E te embruteces ali.
Fumas, brigas, te embriagas,
Cheiras cola... Que mais pragas
Satanás despeja em ti?
Por certo, revel, rejeites
Afagos de mão piedosa...
Maldita é a mão criminosa
Que te impele para as ruas!
Maldita é a mão sorrateira
Que ao submundo te manda
E, em sórdida, vil ciranda,
Faz com que te prostituas!
Assim, no escoar dos dias,
Sem dar azo a fantasias,
Pouco esperas do amanhã.
O mundo adulto te esfola,
Mas, tens direito a uma escola,
Direito a uma vida sã...
É inconcebível que, em busca
Do cobertor que desejas,
Mesmo as portas das igrejas
Não se abram para ti!...
Que namores, esfaimada,
Guloseimas na vitrine,
E, pronto, alguém te incrimine:
- "Arreda esses pés daqui!".
É inconcebível que clames
Tão rente aos nossos ouvidos
E nós - teus irmãos crescidos –
Teimemos em não te ouvir!
Que vivas, expatriada,
Sob os céus de teu país
Sem chances de ser feliz,
Sem ter para onde ir...
............................................................................
Quando a noite, enfim, te alcança,
O que sonharás, criança,
Ao cintilar dos néons?
Há fantasmas, ao relento,
Uivando, uivando no vento,
Não podes ter sonhos bons...
(Direitos autorais registrados e protegidos por lei)
O que sonharás, criança,
Ao cintilar dos néons?
Há fantasmas, ao relento,
Uivando, uivando no vento,
Não podes ter sonhos bons...
Mal sabes teu sobrenome
E, arrostando frio e fome,
Com outros iguais, ao léu,
A duras penas aprendes
Que não há fadas, duendes,
Nem mesmo “Papai Noel”...
Ecoam nos teus ouvidos
Os tétricos estampidos
Da noite da Candelária.
E lembras (como os contê-los?)
Os suplícios – pesadelos
Da convivência diária.
Sem um tutor que te estime
Desces às raias do Crime -
E te embruteces ali.
Fumas, brigas, te embriagas,
Cheiras cola... Que mais pragas
Satanás despeja em ti?
Por certo, revel, rejeites
Afagos de mão piedosa...
Maldita é a mão criminosa
Que te impele para as ruas!
Maldita é a mão sorrateira
Que ao submundo te manda
E, em sórdida, vil ciranda,
Faz com que te prostituas!
Assim, no escoar dos dias,
Sem dar azo a fantasias,
Pouco esperas do amanhã.
O mundo adulto te esfola,
Mas, tens direito a uma escola,
Direito a uma vida sã...
É inconcebível que, em busca
Do cobertor que desejas,
Mesmo as portas das igrejas
Não se abram para ti!...
Que namores, esfaimada,
Guloseimas na vitrine,
E, pronto, alguém te incrimine:
- "Arreda esses pés daqui!".
É inconcebível que clames
Tão rente aos nossos ouvidos
E nós - teus irmãos crescidos –
Teimemos em não te ouvir!
Que vivas, expatriada,
Sob os céus de teu país
Sem chances de ser feliz,
Sem ter para onde ir...
............................................................................
Quando a noite, enfim, te alcança,
O que sonharás, criança,
Ao cintilar dos néons?
Há fantasmas, ao relento,
Uivando, uivando no vento,
Não podes ter sonhos bons...
(Direitos autorais registrados e protegidos por lei)
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