Crédito: Reprodução
O Dia da Caridade no Brasil, foi
oficializado com a Lei nº 5.063/66, de 04/07/1966, pelo então presidente
Humberto Castelo Branco com o intuito de conscientizar as pessoas sobre a
prática e difusão da solidariedade, como forma de desenvolver e reforçar o
altruísmo entre todos os seres humanos. De
acordo com a lei, fica a cargo dos Ministérios de Saúde, Educação e Cultura
organizar e promover o calendário de comemorações desta data.
Entre as atividades mais frequentes no Dia da Caridade, destaca-se a visita aos lugares onde a tristeza,
pobreza e pessoas necessitando de carinho e atenção sejam presentes. Asilos,
hospitais, casas de misericórdias, orfanatos e presídios são alguns exemplos.
Celebra-se o Dia Internacional da Caridade em 5 de
setembro, data criada pela Organização das Nações Unidas (ONU), através da
Resolução 67/105, de 2012, em homenagem ao aniversário da morte de Madre Teresa
de Calcutá.
Fonte:
https://www.progresso.com.br/cotidiano/hoje-19-de-julho-e-comemorado-o-dia-da-caridade/404513/
ATO DE CARIDADE
Djalma Andrade (1894-1977)
Que eu faça o bem e de
tal modo o faça,
que ninguém saiba o
quanto me custou.
— Mãe, espero em ti mais
esta graça:
— Que eu seja bom sem
parecer que o sou.
Que o pouco que me dês
me satisfaça,
e se, do pouco mesmo,
algum sobrou,
que eu leve esta migalha
onde a desgraça
inesperadamente
penetrou.
Que a minha mesa, a
mais, tenha um talher,
que será, minha mãe,
Senhora nossa,
para o pobre faminto que
vier.
Que eu transponha
tropeços e embaraços.
Que eu não coma,
sozinho, o pão que possa
ser partido, por mim, em
dois pedaços.
(Vinha Ressequida. S.
Paulo: Monteiro Lobato & Cia Ltda, 1922)
Ouça
o poema de Djalma Andrade com a narração de “Mundo dos Poemas”:
Mensagem de Cáritas, martirizado em Roma, Lyon, 1861
Chamo-me Caridade; sigo o caminho principal que conduz a Deus.
Acompanhai-me, pois conheço a meta a que deveis todos visar.
Dei esta manhã o meu giro habitual e, com o
coração amargurado, venho dizer-vos: Oh! Meus amigos, que de misérias, que de
lágrimas, quanto tendes de fazer para secá-las todas! Em vão, procurei
consolar algumas pobres mães, dizendo-lhes ao ouvido: Coragem! Há corações
bons que velam por vós; não sereis abandonadas; paciência! Deus lá está; sois dele amadas, sois suas eleitas. Elas
pareciam ouvir-me e volviam para o meu lado os olhos arregalados de espanto; eu lhes lia no semblante que seus corpos,
tiranos do Espírito, tinham fome e que, se é certo que minhas palavras lhes
serenavam um pouco os corações, não lhes reconfortavam os estômagos. Repetia-lhes:
Coragem! Coragem! Então, uma pobre mãe, ainda muito moça, que amamentava uma
criancinha, tomou-a nos braços e a estendeu no espaço vazio, como a pedir-me
que protegesse aquele entezinho que só encontrava, num seio estéril,
insuficiente alimentação.
Alhures vi, meus amigos, pobres velhos sem
trabalho e, em consequência, sem abrigo, presas de todos os sofrimentos da
penúria e, envergonhados de sua miséria, sem ousarem, eles que nunca
mendigaram, implorar a piedade dos transeuntes. Com o coração túmido de
compaixão, eu, que nada tenho, me fiz mendiga para eles e vou, por toda a
parte, estimular a beneficência, inspirar bons pensamentos aos corações
generosos e compassivos. Por isso é que aqui venho, meus amigos, e vos digo: Há
por aí desgraçados, em cujas choupanas falta o pão, os fogões se acham sem lume
e os leitos sem cobertas. Não vos digo o que deveis fazer; deixo aos vossos bons corações a iniciativa. Se eu vos ditasse o proceder,
nenhum mérito vos traria a vossa boa ação. Digo-vos apenas: Sou a caridade e vos
estendo as mãos pelos vossos irmãos que sofrem.
Mas, se peço, também dou e dou muito. Convido-vos para um grande banquete e forneço a árvore onde todos vos saciareis! Vede quanto é bela, como está carregada de flores e de frutos! Ide, ide, colhei, apanhai todos os frutos dessa magnificente árvore que se chama a beneficência. No lugar dos ramos que lhe tirardes, atarei todas as boas ações que praticardes e levarei a árvore a Deus, que a carregará de novo, porquanto a beneficência é inexaurível. Acompanhai-me, pois, meus amigos, a fim de que eu vos conte entre os que se arrolam sob a minha bandeira. Nada temais; eu vos conduzirei pelo caminho da salvação, pois sou 'a Caridade'.
"O Evangelho Segundo o Espiritismo", Capítulo 13, Item 13.
Nenhum comentário:
Postar um comentário