Nossas reais diferenças
Não vêm das cores das pátrias,
das crenças e ideologias.
Não se limitam a gostos,
desgostos e teorias.
Não as impõe o idioma.
Não decorrem de costumes,
Tradições e confrarias.
É estulto o que as cinge a postos,
Propriedades, regalias.
Nossas reais diferenças
Não são visíveis na cútis,
Não as ressaltam o traje,
A idade, a fisionomia.
Nossas reais diferenças,
Não adstringem-se a sexo,
Cultura, classe, etnia...
Não as ressaltam os búzios,
As linhas da mão, o horóscopo,
Nem os traços da grafia.
Não estão, nunca estiveram
Nessa ou noutra faculdade,
Nessa ou noutra anomalia.
Decorrem, sim, dos sucessos
E dramas do dia-a-dia.
Estão nas nossas vivências,
Na nossa idiossincrasia.
Nossas reais diferenças
Têm, pois, outra hierarquia.
Se as láureas as dissimulam,
A dor as evidencia.
Só a forja do caráter
Eleva e distingue um homem.
É de espinhos a coroa
que lhe dá supremacia.
(Do Livro" Estado de Espírito", de Sersank)
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