Sergio de Sersank: Trovas
PUBLICADO POR: CARLOS ZEMEK DATA: SEGUNDA-FEIRA, 2 DE MAIO DE 2016 / COMENTÁRIOS: 0
TROVAS
-I-
Enquanto corre a pilhéria
nos mais altos patamares,
embaixo ronda a Miséria
e arrasa os humildes lares.
Arte Digital de Carlos Zemek |
-II-
Imagem que toca a gente
e nos anima na luta:
árvore ao sol inclemente,
já velha e ofertando fruta.
-III-
No instante em que o dedo lanças
sobre indefesa formiga,
tocas o etéreo e alcanças
a teia que a tudo liga.
-IV-
Por riqueza a isto chamo:
paz no lar. Nisto me empenho.
Não tenho tudo o que eu amo,
mas amo a tudo que tenho.
- V -
Naus ao vento - grandes vidas
vemos no tempo passar,
mesmo a cacos reduzidas,
a cacos cruzam o mar.
-VI-
Não sei qual a mais pungente
Das saudades que hoje sinto:
Se a do extinto amor, recente,
Se a do antigo amor, extinto.
Sergio de Sersank
(Do livro “Trovas de Sersank”, a sair)
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