Minha Mãe
Desejava, Mãezinha, para
testemunhar-te afeto e gratidão, escrever-te um poema que me fotografasse o
coração.
E, ao servir-me do verbo, quisera
misturar a beleza das flores e das fontes, o azul do céu, o ouro do sol e os
lírios do luar...
Anseio enaltecer-te!... A palavra, no
entanto, Mãe querida, não consegue mostrar as bênçãos incessantes que nos
trazes à Vida.
Em vão consulto dicionários! Não
encontro a expressão lúcida e bela que nos defina claramente a luz que o teu
sorriso nos revela...
Ofereço-te, assim ao carinho perfeito
o doce pranto de agradecimento que me verte do peito.
As lágrimas que choro de alegria
refletem, uma a uma as estrelas de amor que te engrandecem, – a tua glória em
suma !...
És tudo de mais lindo que há no
mundo, – o agasalho a ternura calma e boa, o refúgio de santo entendimento, a
presença que abençoa...
Desculpe, meu tesouro de esperança,
se não te sei nobilitar o reino de bondade e sacrifício, no sustento do lar!
E não sabendo, Mãe, como louvar-te a
celeste afeição, rogando a Deus te glorifique a vida, trago-te o coração.
Do livro “Mãe”.
Maria Dolores - Psicografia de Francisco Cândido Xavier. (Mensagem recebida em
reunião pública da Comunhão Espírita Cristã, na noite de 22/03/1969, em Uberaba
(MG)
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