Fonte:
Foto extraída do Banco de Imagens do Google
Numa visita ao jazigo 
de velho poeta amigo, 
à sombra de ermo cipreste,
surpreendi-me: a lousa fria,
como página vazia,
guardava o sereno epitáfio do mestre.
Lembrando-lhe o rosto risonho e tranqüilo, 
uns versos, dispersos,
à volta, entrevi. 
À brisa não culpem, 
se, pobres de estilo, 
grafei-os aqui: 
do tédio de uma vida 
- essa que, incauto poeta,  escrevi. 
Vinha de intérmina infância. 
Brincando de viver, ganhei distância 
e, saturado da vida, 
como tantos, a perdi.    
Nisto consiste o viver: 
compor como personagem 
da intérmina, estranha estória 
humana, um malogro a mais.
Ícaros, alçamos sob as asas
que se desfazem em penas 
sonhos de voos triunfais.
Os homens são argonautas. 
Nos nevoeiros do tempo 
têm seus destinos e avançam, 
avançam. Urge avançar. 
Mas, sabem: os seus veleiros 
soçobram no grande mar.”   
(Poema de Sersank para o livro “Estado de Espírito”)
Direitos autorais protegidos por lei
 

 
 
 
4 comentários:
Do site “Recanto das Letras”
http://www.recantodasletras.com.br/autores/sergiodesersank
Oi, sou nova aqui e estou surpresa com as palavras brilhantes que encontro por aqui, gostei do estilo da sua poesia.
Fleurdujour
01/05/2011 16:01
Olá, Fleur!
Li seus trabalhos recentes. Sua poesia é muito bonita. Siga em frente.
Meu abraço,
Sergio
Pelo Facebook:
Nosso veleiro verga,mas não sucumbe,e nem vai ao fundo.E assim seremos mais que vencedores.Alcançaremos o lado de lá,triunfantes...
A verdade vos libertará...palavras de Jesus!¨
Nicéia Rosa J. Fagotti
Poetisa de Toledo - PR
28 mar 2012
Obrigado, mais uma vez, minha querida amiga pelo carinhoso apoio que me tem dado. Bj!
Postar um comentário