Praça de São Pedro embeleza-se para a beatificação do Papa João Paulo II
Roma (Do enviado especial) – Poster's, dísticos e flâmulas, com a figura do Papa João Paulo II, engalanam a Praça de São Pedro, no Vaticano, onde vai decorrer, domingo, a cerimónia da sua beatificação.
A iniciativa resultou do reconhecimento da sua obra em prol do fortalecimento do cristianismo, da paz, concórdia internacional e defesa dos direitos humanos e das nações.
Na praça, estão montados ecrãs gigantes, que exibem instantâneos da vida do venerado sacerdote, além de baterias de colunas de som, nas ruas de acesso, para permitir que as mais de 400 mil pessoas esperadas, entre as quais 50 chefes de estados e de governos, possam ouvir a homília em homenagem e de santificação do Papa João Paulo II.
Apesar de a cerimónia estar programada para domingo, hoje, e desde logo pela manhã, viam-se já grandes concentrações de fiéis e turistas na praça, bem como filas de pessoas que entravam na Basílica de São Pedro, onde estará exposta urna contendo os restos mortais do novo Beato.
Nos arredores, as lojas, livrarias e roulottes comercializavam, essencialmente, artigos com a imagem do Papa e brindes religiosos, como terços, fotos e peças artesanais com a efíngie do antigo líder da Igreja Católica Apostólica Romana.
Profissionais de fotografia, de câmaras de televisão e de cinema, amadores e profissionais, contavam-se igualmente em número acentuado, no largo, tentando obter as melhores imagens do recinto.
O Papa João Paulo II, de nome próprio, Karol Józef Wojtyla, nasceu a 18 de Maio de 1920, e foi Sumo Pontífice da Igreja Católica Apostólica Romana, soberano da Cidade do Vaticano, de 16 de Outubro de 1978 até a sua morte, a 2 de Abril de 2005, aos 84 anos de idade.
João Paulo II, aclamado como um dos líderes mais influentes do século XX, é enaltecido pelo seu empenho na melhoria das relações da Igreja Católica com o Judaísmo, Islão, Igreja Ortodoxa, e a Comunhão Anglicana. Foi o primeiro a pregar numa Igreja Luterana, bem como numa Mesquita, para além de visitar o Muro das Lamentações, em Jerusalém. Papa que mais viajou na história da igreja, visitou 129 países durante o seu pontificado.
Falava italiano, francês, alemão, inglês, espanhol, português, ucraniano, russo, servo-croata, esperanto, grego clássico e latim, além do polonês, sua língua nativa. Como parte de sua ênfase especial na vocação universal à santidade, beatificou mil e 340 pessoas e canonizou 483 santos, tendo escrito ainda 14 encíclicas, quantidade maior que todos os seus predecessores juntos pelos cinco séculos passados.
Docente de Ética, na Universidade Jaguelónica, e na Universidade Católica de Lublin, em 28 de Setembro de 1958 foi nomeado bispo auxiliar de Cracóvia e, quatro anos depois, chegou ao cargo máximo na sua diocese.
Em 30 de Dezembro de 1963 é apontado por Paulo VI como arcebispo de Cracóvia.
Na qualidade de bispo e arcebispo, Wojtyla participa no Concílio Vaticano II, contribuindo para a redacção de documentos que se tornariam na Declaração sobre a Liberdade Religiosa (Dignitatis Humanae) e a Constituição Pastoral da Igreja no Mundo Moderno (Gaudium et Spes).
Foi nomeado cardeal, em 28 de Junho de 1967, pelo Papa Paulo VI.
Fonte:
Nenhum comentário:
Postar um comentário