Enquanto gira a Terra, alheio à transcendência
Do próprio ser, nos seus arcanos e escaninhos,
O homem, insculpe nos etéreos pergaminhos,
à lágrimas e à sangue, a saga da existência.
Agita-se ao fragor dos densos torvelinhos
Do senso e da paixão. Do êxtase à insolência,
Ora desdenha Deus, ora endeusa a Ciência
E erige, entre sermões e festas, - pelourinhos...
Enquanto gira a Terra, majestosamente,
O homem, dominador, quanto a faz excelente,
A faz filha do horror no regimen da guerra...
Mas, quem está no leme é o Cristo, a nave é sua.
O zênite, por rota, a viagem continua...
E o homem evolui, enquanto gira a Terra!...
(Do opúsculo "OÁSIS DE LUZ" - Sonetos de Sersank Kojn)
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Imagem:
http://www.guiageo-caribe.com/imagens/americas-nasa.jpg
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