O MENINO QUE FUI
 
Aos meu netos:
Isaac Cavalin Rosler
Lorensetti
Catarina de Freitas
Neto Cunha
Nícolas de Freitas
Neto Cunha
De longe, apresso os passos. 
Ele insiste em seguir-me
grudar-se  em mim.
Mesmo por descaminhos
ele
me segue
reluz
como o sol
por
entre os galhos das árvores.
 
Agora,
por fim, me alcança.
Eu
o incorporo de vez.
Teria
sido diferente
 melhor,
talvez, minha vida
se
o tivesse mantido
sempre
presente, assim.
 
O
menino que fui me faz ver
que
sou seta
lançada
aos limites do céu.
E
– conquistado o céu –
(se
um dia pudermos conquistá-lo) 
não
há lamentar-se a descida.
 Será pleno voo.
Assim
cair-se, menino:
cair explorando
o medo e a esperança,
desperto, nessa  aventura
que
pode nunca ter fim.
 
(Sergio de Sersank)
 
 
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