SETEMBRO
(Minha primeira
poesia publicada, escrita aos 17 anos)
Setembro. O inverno termina.
Há flores desabrochando
e pássaros chilreando
nas árvores do pomar.
O céu, diáfano, azul,
tem algo a mais que extasia.
A natureza irradia
cantigas do verbo “amar”.
O mundo se modifica
e exibe ao sol suas cores.
Nos bosques há mais olores,
nas cidades – mais bonança!
De verde estampam-se os prados
e eis de volta a primavera,
prenúncio da nova era
para a qual a gente avança.
Setembro. Mês de sorrisos!
No riacho que desliza,
ao tênue sopro da brisa
e em tudo há versos de amor.
Só os insensíveis não notam
nesses toques de beleza
a oblação da natureza
à glória do Criador.
Setembro... A história, os anseios
dos heróis da Inconfidência!
O grito da independência,
O verde-louro pendão!
Brasil! ... Nossa brava gente
que sofre e trabalha duro
para colher no futuro
os trunfos da redenção! ...
Setembro... Um mês mais que os
outros
repletado de saudade,
recorda a felicidade
de outras vidas que vivi.
Me diz de amizades caras
que espero, um dia, rever
porque me resta dizer:
em setembro renasci...
Florestópolis, 3 de setembro de 1970.
(Poema publicado no periódico espírita “O Imortal” da cidade de Cambé-PR,
em setembro de 1972)
2 comentários:
Aqui estou em casa! Passeando por suas letras.
Você é sempre muito bem vinda, querida poetisa Enide Santos.
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