ODE
ÀS CRIANÇAS MORTAS DA PALESTINA
Imagem: Bushra Sharam
"Jerusalém, Jerusalém, que matas os profetas e
apedrejas os que te foram enviados! Quantas vezes Eu quis reunir os teus filhos
como a galinha reúne os seus pintinhos debaixo das suas asas, mas não o
aceitastes!" (Lucas, XIII; 34)
Como
vê-las, assim,
meros
alvos apenas
de
duros sistemas
de
ódio e opressão?
São
aves que voam,
mesmo
ceifadas
suas
asas no chão.
Clamam
por elas
desesperadas
mães
com seus gritos.
Clamam
ribeiros,
caminhos,
cidades,
escolas,
indústrias,
púlpitos,
lares,
rostos
aflitos.
Como
vê-las, assim,
meros
alvos apenas
de
duros sistemas
de
ódio e opressão?
Que
adentrem as luzes
dos
céus infinitos,
mesmo
ceifadas
suas
asas no chão.
Aves
crianças,
levem
as dores
de
um mundo que morre,
(de
um mundo que morre
por
culpa dos homens)
para
as estrelas
na
imensa amplidão.
(Sersank, julho de 2014, quando todo o noticiário destaca o abominável genocídio
praticado por Israel na Faixa de Gaza.)
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