Amor - by АКО ТЕ ИМА ЛЮБОВ
Soneto XLIII
Elizabeth Barrett Browning
Amo-te quanto em
largo, alto e profundo
Minh'alma alcança
quando, transportada,
Sente, alongando os
olhos deste mundo,
Os fins do Ser, a
Graça entressonhada.
Amo-te em cada dia,
hora e segundo:
À luz do sol, na
noite sossegada.
E é tão pura a paixão
de que me inundo
Quanto o pudor dos
que não pedem nada.
Amo-te com o doer das
velhas penas;
Com sorrisos, com
lágrimas de prece,
E a fé da minha infância,
ingênua e forte.
Amo-te até nas coisas
mais pequenas.
Por toda a vida. E,
assim Deus o quisesse,
Ainda mais te amarei
depois da morte.
XLIII
How do I love thee? Let me count the ways.
I love thee to the depth and breadth and height
My soul can reach, when feeling out of sight
For the ends of Being and ideal Grace.
I love thee to the level of everyday's
Most quiet need, by sun and candle-light.
I love thee freely, as men strive for Right;
I love thee purely, as they turn from Praise.
I love thee with a passion put to use
In my old griefs, and with my childhood's faith.
I love thee with a love I seemed to lose
With my lost saints, --- I love thee with the breath,
Smiles, tears, of all my life! --- and, if God choose,
I shall but love thee better after death.
How do I love thee? Let me count the ways.
I love thee to the depth and breadth and height
My soul can reach, when feeling out of sight
For the ends of Being and ideal Grace.
I love thee to the level of everyday's
Most quiet need, by sun and candle-light.
I love thee freely, as men strive for Right;
I love thee purely, as they turn from Praise.
I love thee with a passion put to use
In my old griefs, and with my childhood's faith.
I love thee with a love I seemed to lose
With my lost saints, --- I love thee with the breath,
Smiles, tears, of all my life! --- and, if God choose,
I shall but love thee better after death.
Elizabeth Barrett Browning
ELIZABETH BROWNING
(Elizabeth Barrett Moulton Barrett)
Poeta
Nasceu: 06 de Março de 1806
Local: Coxhoe, Durham - Inglaterra
Faleceu: 29 de Junho de 1861
Local: Florença - Itália
(Elizabeth Barrett Moulton Barrett)
Poeta
Nasceu: 06 de Março de 1806
Local: Coxhoe, Durham - Inglaterra
Faleceu: 29 de Junho de 1861
Local: Florença - Itália
Autora de uma obra poética de
singular sensibilidade na literatura inglesa, provavelmente decorrente de sua
frágil saúde e temperamento arredio. Viveu sua infância numa casa de campo, em
Worcestershire, e aos 15 anos contraiu grave doença da qual nunca se recuperou
por completo. Mudou-se para Londres (1836), onde publicou seu primeiro volume
de poesias, The Seraphim and Other Poems (1838), porém sua consagração como
poeta veio definitivamente com a segunda coletânea de poesias, Poems (1844). Casou (1846) com o
também o poeta Robert Browning,
apesar da oposição da família. Publicou Sonnets from the Portuguese (1850),
com composições originais apesar do título e uma de suas principais obras, uma
expressão lírica de seu amor por Browning.
Com o marido mudou-se para Florença, cidade onde permaneceu até sua morte e
onde escreveu e publicou sua mais ambiciosa obra, Aurora Leigh (1857), extenso
poema narrativo, em versos brancos, no qual expressava sua concepção da vida e
da arte.
É preciso ter algum conhecimento da história de Robert Browning e Elizabeth Barrett para entender por que os Sonnets from the Portuguese que ela escreveu são os “Sonetos da Portuguesa”: como Barrett tivesse um pé na Jamaica, parecia um pouco mestiça, e Browning a chamava de “minha portuguesinha” (My little Portuguese), mostrando que a nossa miscigenação brasileira tem raízes mui antigas.
Um destes poemas (o de número 43) é considerado o mais belo escrito por uma mulher em língua inglesa.
É preciso ter algum conhecimento da história de Robert Browning e Elizabeth Barrett para entender por que os Sonnets from the Portuguese que ela escreveu são os “Sonetos da Portuguesa”: como Barrett tivesse um pé na Jamaica, parecia um pouco mestiça, e Browning a chamava de “minha portuguesinha” (My little Portuguese), mostrando que a nossa miscigenação brasileira tem raízes mui antigas.
Um destes poemas (o de número 43) é considerado o mais belo escrito por uma mulher em língua inglesa.
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