O poeta Mario Quintana em seu quarto no Hotel Majestik
(hoje Casa de Cultura Mario Quintana - PA)
Fonte:
Extraida do blog "Labiritos da alma" (http://labirintosdaalma.blogspot.com/2009/11/poesia-loucura-lucida.html)
Depois de algum tempo
pensando o poema,
queda, a um suspiro,
inerte, a caneta -
leve instrumento
que a mão do poeta
mal soube tocar...
Noite asfixiante.
A saúde precária.
A casa deserta.
À janela, entreaberta,
nuvens espessas
cobrindo o luar.
Exausto, cerro a cortina.
Dispo-me, agora, me deito.
Não quero, esta noite,
nem ler, nem rezar.
Sou - tal me sinto - um ser ectoplásmico -
vulto sem cor, crença ou pátria,
duplo etéreo, extemporâneo,
de um homem que se desconhece
e deixa a vida o levar.
Um outro e melhor poema
não me daria esta noite
com suas nuvens espessas
a recobrir o luar...
(Do Livro "Estado de Espírito", de Sersank)
2 comentários:
Sobre “POEMA DA NOITE VAZIA”
Do site: www.luso-poemas.net
KARLA BARDANZA
Publicado: 06/02/2011 02:16 Atualizado: 06/02/2011 02:16
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Localidade: Refúgio das Deusas
Mensagens: 7746
Re: POEMA DA NOITE VAZIA
Belíssimo poema.
Abraços
Karla Bardanza
Ler mais: http://www.luso-poemas.net/modules/news/article.php?storyid=174184#ixzz1DCmlubwf
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Re: POEMA DA NOITE VAZIA P/ KARLA BARDANZA
Bom dia, Karla!
Você que trabalha tanto, varando como eu as madrugadas, bem que merece um domingo especial. É o que lhe desejo.
Fique bem, fique em paz e dê meu abraço ao estimado Julio.
Sersank
06jan2011
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