“Fecha os olhos e tenta não ouvir
a voz deste perfume
que vem rolando de outras noites
feitas para velar.”
(Poema de A. F. Schmidt – “Fonte Invisível”)
Quem poderia imaginar
que - opostos de vulcões -
buracos negros
nascidos na imensidão cósmica,
tragassem os astros à volta,
Consciência que se arde em chamas?
Percutem em nós rumores
de guerras inacabadas;
suspiros incompreensíveis,
amores de eras extintas.
Que vale um leito de ninfa
se o néctar dos seus lábios
envenena aos que seduzem?
O que somos nós, os homens?
- Almas crianças que choram
e riem, depois, de si mesmas.
Guias que fazem caminhos
e a sós os têm de trilhar.
Um brinde ao vulcão da noite!
Essa taça
que os deuses todos sorveram
nos é baldado escusar!...
Roube–nos ele, esta luz, não a interna.
Em breve - pirilampos, sem fronteiras,
que - opostos de vulcões -
buracos negros
nascidos na imensidão cósmica,
tragassem os astros à volta,
Consciência que se arde em chamas?
Percutem em nós rumores
de guerras inacabadas;
suspiros incompreensíveis,
amores de eras extintas.
Que vale um leito de ninfa
se o néctar dos seus lábios
envenena aos que seduzem?
O que somos nós, os homens?
- Almas crianças que choram
e riem, depois, de si mesmas.
Guias que fazem caminhos
e a sós os têm de trilhar.
Um brinde ao vulcão da noite!
Essa taça
que os deuses todos sorveram
nos é baldado escusar!...
Roube–nos ele, esta luz, não a interna.
Em breve - pirilampos, sem fronteiras,
havemos de o devassar.
(Do Livro "Estado de Espírito", de Sersank)
Imagem: Foto de José Jácome/Erupção do Fulcão Tungurahua, no Japão, disponível no google
Nenhum comentário:
Postar um comentário