HABEMUS PAPAM!
Não sou católico. Já fui. Na infância fiz a
primeira comunhão. Na adolescência fui sacristão (ou "coroinha") na
sede da Paróquia em minha pequena cidade. Depois, mais experimentado na vida me
tornei adepto do Espiritismo Kardecista. Allan Kardec, entre diversos
filósofos, principalmente os de esquerda, foram os mestres que li e reli. Mas,
ao fim da jornada estou sem religião. Não sem a filosofia religiosa. Optei pela
sociologia. Sou de esquerda. Acredito que a sociedade humana segue um caminho
difícil, mas culminará por adotar o socialismo autêntico, como solução para os
graves problemas que afetam a vida das pessoas no mundo. Mas, devo confessar:
sinto sempre uma emoção muito grande quando adentro um templo católico. Sempre
me ajoelho ao entrar e faço o sinal da cruz. Vejo as imagens nos vitrais.
Contemplo o altar. Sento-me num daqueles bancos, me ajoelho de novo e rezo o
"Pai Nosso", a "Ave-Maria". Sinto-me na Casa do Senhor que
nos deu a vida. A Igreja Católica, apesar de seus paradoxos históricos, de seus
conflitos internos, de sua prolixidade, de seus indecifráveis e absurdos
dogmas, de sua imponência, de sua interferência nefasta na política humana,
principalmente na Idade Média, quando instaurou a Inquisição e cometeu
hediondos crimes contra os seus supostos opositores ( e foram milhares, talvez
milhões, as vítimas das atrocidades clericais), a Igreja se manteve firme e
coerente, em múltiplos aspectos à Doutrina do Cristo, procurando preservá-la e
revesti-la da primitiva aura de santidade. Jesus, o Cristo, prisioneiro subversivo,
talvez o primeiro "comunista" real, em sua origem, foi sempre
exaltado e dignificado por ela. A "Rerum-Novarum", a opção pelos
pobres, a Teologia da Libertação, a Laudato Si' e tantas e tantas outras ações beneméritas em
favor dos pobres, dos excluídos, do cuidado com o Planeta Terra, etc, praticamente a eximiram de seus passados
episódios condenáveis. A Igreja é humana, como somos nós. Está, sim, sujeita a
erros. E claro, evidente: o Papa não é um ser humano infalível. Nem São Pedro o
foi. Ele, mesmo, o apóstolo maior de Jesus, chegou a traí-lo, três vezes.
Tivemos até poucos dias atrás um grande Papa, Chamou-se Francisco, humilde como
foi o de Assis. Um Papa realizador, humano, pacifista, caridoso, acolhedor, um
Sumo-Pontífice que nos encheu de alegria e esperança. Agora temos um novo Papa:
Leão XIV - um Papa jovial, alegre, pleno de energia, de fé e de esperança. Um
digno sucessor de Francisco. Sua palavra enternece, vitaliza, enche de paz e de
coragem os corações de todos, independentemente de seus credos. Leão XIV abre,
solenemente, as portas da Igreja, no mundo inteiro, para todos, ricos,
remediados e pobres, especialmente para estes, os pobres que, mais do que todos
os outros, mais precisam dela. Continuo sendo o que sou, algo espiritualizado,
mas sem religião. No entanto, adentro novamente a Igreja e nela sinto, com
emoção, a presença vigorosa do Cristo no mundo. Salve, Papa Leão XIV! Deus te
conduza e te ilumine! O mundo em que vivemos precisa, além da luz do sol que se
reflete na lua, da presença entre nós de homens iluminados e iluminadores.
Pedimos a Sua Bênção, Santíssimo Papa!
Sergio De Sersank - Facebook
10mai2025 – Dias das Mães
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