Realiza-se a partir de hoje, 25/07 até 01/08/2015, na cidade francesa de Lille, como principal evento do Movimento Esperantista - o 100º Congresso Universal de Esperanto. O tema deste ano é " Línguas, Artes e Valores num diálogo entre Culturas".
Haverá excursões pela França (Lille, Paris e Boulogne-sur-Mer) e também pela Bélgica.
Diariamente, o público será brindado com espetáculos, palestras e exposições, além de fóruns estratégicos para as ações globais do Movimento e reuniões interativas de diversas associações dos mais diversos países participantes.
Devo ressaltar que em eventos dessa natureza reúnem-se milhares de pessoas procedentes dos mais diversos e distantes países e a língua predominantemente utilizada por todos os participantes é o Esperanto.
O Esperanto é uma língua internacional e neutra.
É um eficiente instrumento para a preservação de todas as línguas e culturas do globo.
Uma segunda língua para todos.
O Esperanto foi lançado por Lázaro Zamenhof, (cientista polonês) em 1887, há mais de 125 anos. Com o tempo esse projeto de língua planeada transformou-se em uma língua viva, com cultura própria, internacional, e até mesmo com falantes nativos.
O Esperanto não pertence a nenhuma nação, pertence a todos os povos e cidadãos do mundo. Através dele cada povo pode continuar utilizando sua língua materna e valer-se dele para as comunicações internacionais.
Biografia
Bialystok era uma cidade retalhada por diferenças políticas, religiosas e lingüísticas; falavam-se ali quatro idiomas: o polonês, o iídiche, o russo e o alemão, e o menino Lázaro assistia a discussões e contendas que geralmente terminavam em lágrimas, sangue e até mesmo em mortes violentas. Essa impressão terrível não mais se apagaria de sua mente; por isso, desde criança ele acalentou o sonho de criar uma língua através da qual as pessoas de sua cidade e do mundo inteiro pudessem se entender.
Zamenhof aprende vários idiomas (além dos quatro de sua cidade, aprendeu latim, hebraico, francês, grego e italiano, entre outros) e, ainda ginasiano, em 1878, elabora a “Lingve Universala”, aquela que viria a ser a predecessora do Esperanto.
A família de Zamenhof mudou-se para Varsóvia e, terminado o ginásio, ele foi mandado para Moscou, onde iria estudar Medicina. Durante seu afastamento, seu pai, prudente e rigoroso, preocupado com o futuro do filho, queimou os manuscritos sobre a Língua Internacional.
Ao regressar à casa paterna e dar-se conta do ocorrido, Lázaro passa a reconstruir pacientemente todo o seu projeto. Só depois de experimentos exaustivos e comprovações minuciosas com os estudos da gramática e vocabulário intensamente vividos e testados foi que considerou pronta a sua obra. Traduziu para o Esperanto grandes obras da literatura mundial, entre elas a Bíblia (Velho Testamento) e Hamlet, de Shakespeare. Estava nessa época com 28 anos de idade.
Finalmente, em 26 de julho de 1887, com o auxílio financeiro de seu futuro sogro, Zamenhof lança o Esperanto para o mundo, através de uma pequena gramática em russo, a “Lingvo Internacia”, de autoria do “Doktoro Esperanto” (pseudônimo que na nova língua significa “doutor que tem esperança”). O pseudônimo, com o decorrer do tempo, passou a ser usado para denominar a própria língua: Esperanto.
Sem deixar a profissão, já médico (oftalmologista) formado, Zamenhof trabalhou ardorosamente na divulgação da Língua Internacional. Só depois de concluída e editada sua obra é que casou-se com Clara Silbernik, com quem teve três filhos.
Em agosto de 1905, Lázaro Luiz Zamenhof vê o seu ideal se concretizar no Primeiro Congresso Universal de Esperanto, em Boulogne-sur-Mer, na França, onde se reuniram centenas de pessoas de vários países, comunicando-se em uma única língua, durante os seis dias do evento. O criador da Língua da Fraternidade ainda compareceu a outros oito congressos universais, fazendo discursos em quase todos eles, viajando sempre às custas de suas próprias finanças, com dificuldades, mas nunca se aproveitando do seu prestígio.
Em
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