terça-feira, 16 de julho de 2013

Um pouco da grande poesia de Augusto Frederico Schmidt





DESCANSO

Olho o céu e, enfim, descanso!
Olho o céu e as estrelas frias
e o vão tormento que me segue sempre, de repente,
se vai com a leveza do fumo que o vento atira para longe.
Olho o céu alto e enorme e descanso.
Uma serenidade de renúncia desce sobre minha alma rota e feia.
O que horas antes me exaltava,
amores, ódios, temor, miséria e ingratidão, nada é.
Olho o céu frio e simples e descanso.
Vem, de súbito, para o meu coração ferido, a compreensão da caridade.
Sinto que sou feliz por não ter tido nada.
Sinto que posso seguir porque nada me prende.
Porque o amor que tanto esperei nunca chegou.
Porque a fortuna que eu quis passou de longe
e a glória que sonhei nem sequer me sorriu.
Sinto que estou sozinho e pobre como a noite.
Sinto que estou pobre e que darei sem remorso tudo que me resta.
A solidão é o meu conforto, meu consolo.
Estou mais perto de Deus!
Minha alma se perde na noite simples e infinita.


                     Augusto Frederico Schmidt* (De “Canto da Noite”)


* Biografia
Poeta brasileiro

Augusto Frederico Schmidt

18 de abril de 1906, Rio de Janeiro, RJ (Brasil)
8 de fevereiro de 1965, Rio de Janeiro, RJ (Brasil)
Da Página 3 Pedagogia & Comunicação
[creditofoto]
Além de poeta, Augusto Frederico Schmidt foi editor e político. Considerado importante lírico brasileiro, sua poesia é grandiloquente e discursiva; e frequentemente utiliza o versículo bíblico. Romântico e nostálgico, seus temas preferidos são o mar, a noite, a morte, a solidão, o mistério do destino do homem.

Entre 1924 e 1926, Augusto Frederico Schmidt residiu em São Paulo, ligando-se ao grupo modernista. É quando publica seu primeiro livro, Canto do Brasileiro Augusto Frederico Schmidt.

A seguir, funda uma editora e torna-se um dos grandes divulgadores do Modernismo; e, depois, da literatura do Nordeste. Em 1934, casou-se com Ieda Ovalle Lemos, sobrinha do compositor Jaime Ovalle.

Publicou Canto do liberto Augusto Frederico Schmidt (1929), Navio perdido(1929), Pássaro cego (1930) e Canto da noite (1934), dentre outros.

Escreveu ainda as crônicas de O galo branco (1948) e As florestas (1959)
Enciclopédia Mirador Internacional

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COMENTÁRIO ANÔNIMO:

"Acredite...que lindo poema Sergio, nunca senti algo tão forte tocando-me a alma...Obrigada pelo carinho e desejo-lhe uma super quinta!Aquele abraçooooooooooooooooo!"



2 comentários:

Enide Santos disse...

Belíssima poesia, hoje levo uma maravilhosa serenidade daqui.
Obrigada por mais esta instrutiva postagem.

Sergio de Sersank disse...

Obrigado também, querida poeta Enide Santos pela gentileza de seu comentário.
Bj afetuoso.

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COMENTÁRIO DE ISABEL FURINI, laureada poeta e escritora sobre a obra poética "Estado de Espírito"

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