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UM RIO A CORRER
Porque estamos tudo e
todos
expostos aos bons eflúvios
do sol que adentra as
cortinas,
assim como entre
escaldantes
pedras e areias do agreste
flui constante e alegre um
rio,
o amanhã da humanidade ,
há de ser mais do que
sonho.
O amor, embora traído,
sempre estará na base
de todas as aventuras .
Com filigranas de prata,
orla as nossas obras
primas
no lento pulsar da
história.
Da janela vê-se (e é dia),
meninas que se prostituem
para não morrer de fome;
mendigos xingam e riem,
zanzando pelas calçadas.
Há ajuntamentos de
espectros
humanos fumando o “crack”.
Ouve-se, da janela,
na favela um tiroteio.
Sabem os astros o quanto
há de amor, de imensidade,
nas vidas desfiguradas
dos que em ásperos
caminhos
sacrificam–se, se anulam,
pelas gerações futuras.
Não brilham sem razão
na noite imensa
os astros que contemplamos.
Certo, registram, resgatam
amores que os mares levam,
sonhos que as pedras
recobrem,
idéias-luz que se
queimam...
Expande-se ao rio da noite
o amor que a tudo
entrelaça .
Os homens se divinizam,
avançam aos arco-íris
de outros melhores
planetas
no lento pulsar da
história.
Sergio de Sersank
(Direitos autorais protegido por lei)
3 comentários:
Não brilham sem razão
na noite imensa
os astros que contemplamos.
Certo, registram, resgatam
amores que os mares levam,
sonhos que as pedras recobrem,
idéias-luz que se queimam...
Adorei esta parte é de mais!
Obrigado, Enide.
Vejam a publicação ano Facebook da querida amiga Maria Madalena:
https://www.facebook.com/photo.php?fbid=10151599832534216&set=a.449441669215.252172.799544215&type=1&theater
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