Fonte:
(Disponível no Banco de Imagens do Google)
Eu olho, enquanto sigo, a antiga sombra
que andeja no meu passo,
a sombra minha -
projeção de ser volante,
coisa entre as coisas que o tempo espezinha.
Arte a amoldar-se no fumo nas furnas,
crença a evolar-se do sangue na arena,
foge entre as pernas que dançam na noite,
mergulha nas águas que a guerra envenena.
Perdida no tropel dos séculos que avançam,
ressurge aqui e ali, num ou noutro país.
Ergue-se da estrada de Damasco.
Treme entre os lampiões de Auschwitz.
Acorre ao átrio do Templo de Delphos.
Queda ao pé da esfinge milenária.
Em tudo a encontro, me segue,
como se necessária.
Segue-me, inevitável.
Vara comigo a neblina.
Até que a noite em minh’alma
ao sol descerre a cortina.
Porque não projeta a sombra
o ser quando enxerga em círculo
e, por sua vez, ilumina.
(Poema do "Estado de Espírito")
4 comentários:
Do site
"Recanto das Letras":
http://recantodasletras.uol.com.br/poesiasespiritualistas/2835542
É mais uma pergunta.
Gosto de repassar mensagens e poesias Espíritas, se puder me indicar um site eu agradeço.
Gostei do seu poema.
Ana
08/03/2011 15:34 h
Ana, Que bom que vc gostou do poema. Olha eu recomendo a vc o blog espírita "Estejamos em Paz". Tem mensagens belíssimas e o conteúdo doutrinário é excelente. o Link é: http://estejamosempaz.blogspot.com/
Sergio de Sersank
08/03/2011 20:38 h
Porque não projeta a sombra o ser quando enxerga em círculo e, por sua vez, ilumina.
Vou levar está frase em mim.
Obrigado, Enide. Lendo os poemas lindos que vc escreve constato que vc já tem consigo muito do que a frase diz.
Bj!
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