Querida, quando a sombra da saudade
toldar a luz dos ternos olhos teus
e, então, de alguém ouvires a piedade
dizer: - “Não chores, ele uniu-se a Deus”,
não fiques infeliz, crendo-me ausente.
Um dia, hão de estreitar-te os braços meus,
à luz da Imensidade, em diferente
estado de existência. Nosso adeus
não valha por adeus às esperanças.
Não há na morte o abismo intransponível
da noite eterna. Ah, pesadelo horrível!...
Meu céu será teu lar, nossas crianças...
Hás de sentir-me ali, nas tardes mansas
se creres que p’ra Deus tudo é possível.
(Do Opúsuclo "Oásis de Luz", sonetos de Sersank)
Imagem:
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