https://www.citypassguide.com/en/travel/vietnam/blog/blog/ghosts-and-other-weird-tales-from-vietnam
FERAS SALTANDO ATRAVÉS DO
TEMPO
Van Gogh escrevendo para seu irmão pedindo tintas
Hemingway testando seu rifle
Céline fracassando como médico
A impossibilidade de ser humano
Villon expulso de Paris por ser um ladrão
Faulkner bêbado pelas sarjetas da cidade
A impossibilidade de ser humano
Burroughs assassinando sua mulher com um tiro
Mailer apunhalando a sua
A impossibilidade de ser humano
Van Gogh escrevendo para seu irmão pedindo tintas
Hemingway testando seu rifle
Céline fracassando como médico
A impossibilidade de ser humano
Villon expulso de Paris por ser um ladrão
Faulkner bêbado pelas sarjetas da cidade
A impossibilidade de ser humano
Burroughs assassinando sua mulher com um tiro
Mailer apunhalando a sua
A impossibilidade de ser humano
Maupassant
enlouquecendo num barco a remos
Dostoievsky de pé contra o muro para ser fuzilado
Crane fora da popa de um navio indo em direção à hélice
A impossibilidade
Sylvia com a cabeça no forno como uma batata assada
Harry Crosby saltando naquele Sol Negro
Lorca assassinado na estrada pelas tropas espanholas
A impossibilidade
Dostoievsky de pé contra o muro para ser fuzilado
Crane fora da popa de um navio indo em direção à hélice
A impossibilidade
Sylvia com a cabeça no forno como uma batata assada
Harry Crosby saltando naquele Sol Negro
Lorca assassinado na estrada pelas tropas espanholas
A impossibilidade
Artaud
sentado num banco de hospício
Chatterton bebendo veneno de rato
Shakespeare um plagiário
Beethoven com uma corneta no ouvido contra a surdez
A impossibilidade
Chatterton bebendo veneno de rato
Shakespeare um plagiário
Beethoven com uma corneta no ouvido contra a surdez
A impossibilidade
A impossibilidade
Nietzsche enlouquecendo completamente
A impossibilidade de ser humano
todos demasiados humanos
esse respirar
para dentro e para fora
para fora e para dentro
esses punks
esses covardes
esses campeões
esses cachorros loucos da glória
movendo esse pontinho de luz para nós
impossivelmente.
Charles Bukowski, in "Poesia beat"
Tradução de Sergio Cohn
Nietzsche enlouquecendo completamente
A impossibilidade de ser humano
todos demasiados humanos
esse respirar
para dentro e para fora
para fora e para dentro
esses punks
esses covardes
esses campeões
esses cachorros loucos da glória
movendo esse pontinho de luz para nós
impossivelmente.
Charles Bukowski, in "Poesia beat"
Tradução de Sergio Cohn
Biografia de Charles Bukowski
Charles Bukowski
(1920-1994) foi um escritor alemão, que viveu e morreu nos Estados Unidos. Poeta,
contista, romancista e novelista foi considerado o último “escritor maldito” da
literatura norte-americana.
Henry
Charles Bukowski Jr. (1920-1994) nasceu em Andernach, Alemanha, no dia 16 de
agosto de 1920. Filho de um soldado norte-americano e de uma jovem alemã, que
fugindo da crise instalada na Alemanha depois da Primeira Guerra Mundial, se
mudam para os Estados Unidos, quando Charles tinha três anos. Com 15 anos de
idade começou a escrever suas primeiras poesias. Instalados em Baltimore, mais
tarde vão morar no subúrbio de Los Angeles. Em 1939 ingressou o curso de
Literatura na Los Angeles City College, onde permaneceu durante dois anos.
Com
24 anos Charles Bukowski escreveu
seu primeiro conto “Aftermath of a Length of a Rejectio Slip”, que foi publicado
na Story Magazine. Dois anos mais tarde publica “20 Tanks From Kasseidown”.
Depois de escrever durante uma década se desilude com o processo de publicação
de seu trabalho e resolve viajar pelos Estados Unidos fazendo trabalhos
temporários e morando em pensões baratas.
Em
1952 se empregou como carteiro no Correio Postal de Los Angeles, onde permanece
durante 3 anos. Entrega-se à bebida e em 1955 se hospitaliza com uma úlcera
hemorrágica muito grave. Quando deixou o hospital começou a escrever poesias.
Em 1957 casou-se com a escritora e poeta Barbara Frye, mas depois de dois anos
se divorciaram. Continuou bebendo e escrevendo poesia.
No
início dos anos 60 voltou a trabalhar nos correios. Mais tarde viveu em Tucson,
onde fez amizade com Jon Webb e Gypsy Lon, que o incentivaram a publicar e
viver de sua literatura. Começou a publicar alguns poemas em revistas de
literatura. Loujon Press publicou “It Catches My Heart in Its Hands” (1963) e
“Crucifix in a Deathhand” (1965). Em 1964 teve uma filha com sua namorada
Frands Smith.
Em
1969, foi convidado pelo editor John Martin da Black Sparrow Press, por uma boa
remuneração, para se dedicar integralmente a escrever seus livros. A maioria de
seus livros foi publicada nessa época. Em 1971 publicou “Cartas na Rua”, em que
o protagonista, seu alter ego, o acompanhou em quase todos os seus romances. Em
1976 conhece Linda Lee Beighle e se mudou para São Pedro, no sul da cidade de
Los Angeles, onde permaneceram juntos até 1985. Bukowski fala dela em suas
novelas “Mulheres” (1978) e “Hollywood” (1989), através do personagem Sara.
Charles
Bukowski deixou uma vasta obra marcada por seu humor ferino e seu estilo
obsceno, sendo comparado com Henry Miller, Louis-Ferdinand e Ernest Hemingway.
Sua forma descuidada com a escrita, onde predominam personagens marginais, como
prostitutas, corrida de cavalos, pessoas miseráveis etc. Foi visto como um
ícone da decadência norte-americana e da representação niilista característica
presente após a Segunda Guerra Mundial. Publicou: “Notas de Um Velho Safado”,
“Crônicas de Um Amor Louco” “Ao Sul de Lugar Nenhum” e “O Amor é Um Cão dos
Diabos”, entre outros.
Charles Bukouwski
faleceu em São Pedro, Califórnia, Estados Unidos, no dia 9 de março de 1994.
Fonte:
27/01/2018