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AMIZADES ANTIGAS
Os anos passam
e como as águas dos rios
não voltam mais.
Nessas águas turvas do tempo
amizades antigas
lembram veleiros que partem
de incertos, noturnos, cais.
Tolerantes com nossos erros
poucas permanecerão vivas.
Terão pelas noites que avançam
sonhos que temos iguais.
As que se perdem no horizonte em brumas
são como outras velas.
No quarto escuro das nossas lembranças
extinguem-se elas
em frágeis pavios.
Com deslembrados dizeres vazios.
Ficam em velhos cartões postais.
Vão-se nos veleiros do horizonte em brumas.
Apagam-se nas velas que nada alumiam mais.
Sersank, 30dez2022