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sexta-feira, 5 de março de 2010
VIVER É SER LÂMPADA ACESA
Não se há de ter, num átimo, extinta
a flama da consciência que dos sóis nos vem.
Morrer é ver que estão a escoar os sonhos,
os restos de sonhos que ainda se têm,
na antiga ampulheta em que as noites e os dias
alternam-se, insulsos, como contas de rosário
e lhes digamos – amém!
Mais que levar para adiante esse corpo-escafandro,
viver é ser lâmpada acesa -
sonhar, re-sonhar, resistir, reverter;
fazer, cada momento, o necessário:
um fruto da fé florescer.
Ser lâmpada é ter caráter,
guardar a honra e o dever.
É ser a todo o tempo coração.
Assim, oblatar, na madrugada,
uma festa de gala, esperada,
por um amigo a morrer
num leito de longa aflição.
Ser lâmpada é possuir
como virtude, ess'arte
de, calmo, silenciar-se
sob avalanche de insultos.
Arte de, em meio a famélicas feras,
quando não, estremecê-las,
num brilho de olhar, contê-las.
É ter tais poderes “ocultos”.
Ser lâmpada é viver pura e sensatamente,
rir de si mesmo, rir da vida alegremente;
não ter de se curvar ante o nefando,
não ter de que fugir e o que esconder.
É um par de asas insculpir no coração
e nunca se constranger
de pousá-lo, novamente, quando,
o tendo alçado às nuvens,
chamar-lhe a voz da razão.
Viver é ser lâmpada acesa...
(Do Livro: Estado de espírito, de Sersank)
Imagem: http://www.luzdoscaminheiros.com.br/luzdoscaminheiros/page39.aspx
(Direitos autorais assegurados por lei)
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