(Ouvindo cantar o andarilho em certa noite vazia)
“As cousas não têm significação: têm existência.
As cousas são o único sentido oculto das cousas.”
Fernando Pessoa
As cousas com o tempo
tornam-se elas mesmas:
perdem essa aura
de importância que lhes pomos -
essa capa de magia.
As cousas, todas, sistêmicas,
concretas, subjetivas,
vagas, difusas, confusas,
distantes, amorfas, vivas -
perdem, todas,
com o tempo,
força e peso e
forma e brilho.
A noite inextrincável que as revolve, imensa
e soberana do mais ínfimo ruído,
a noite, unicamente -
coisa estranha -
faz sentido.
(Do livro "ESTADO DE ESPÍRITO, de Sersank Kojn)
(Direitos autorais assegurados e protegidos por lei.)
Da preclara poetisa Conceição Roque Silveira, de Braga, Vila Verde, Portugal, transcrevo com alegria essa postagem que fez constar, nesta data, sobre o "Apontamento", no site literário http://www.luso-poemas.net/index.php:
ResponderExcluirBelíssimo seu poema.
Bem vindo ao Luso-poemas.
Gratíssimo, Conceição!