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sexta-feira, 4 de outubro de 2019

Homenagem a Batuíra




Túmulo de Batuíra


Inscrição na Lápide
Sergio de Sersank


Não creias tudo acabe sob a lousa fria
da terra que recobre os despojos carnais.
Nada sabe de Deus quem supõe “fantasia”
o haver vida abundante nos planos astrais.
Fita os astros no espaço. Ouve, que sinfonia!
Ciclos e mutações em pautas magistrais.
É a razão quem nos fala da Sabedoria
que sustém o universo e nos fez imortais.
Retrocede no tempo. O Evangelho do Mestre.
Redivivo, Ele torna ao cenário terrestre
e se faz a Esperança nos lares da dor.
Ergue os olhos ao céu d’onde todos provimos:
viajores do tempo, no espaço seguimos
para a glória da luz e as benesses do amor.
(Soneto classificado em 1º lugar no I Concurso de Poesia da ARTE POÉTICA CASTRO ALVES, de São Paulo (SP) em abril de 1991.)
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UM ESPÍRITA E ABOLICIONISTA 
BATUÍRA
Se há uma figura na sociedade paulistana que mereceria muito mais destaque, esta figura é Antônio Gonçalves da Silva, o popular Batuíra. Nascido em Portugal em 1839, foi um homem de incrível personalidade. Depois de passar pelo Rio de Janeiro e por Campinas, fixou residência em São Paulo, onde adquiriu diversos lotes de terra na região onde hoje está a rua Lavapés. Figura incrível, foi entregador de jornais (Correio Paulistano), fabricante de charutos e dono de teatro. Mas destacou-se principalmente pela figura bondosa que era ao acolher escravos fugidos em sua propriedade, o qual só os deixava partir se alforriados pelos seus senhores, e também por sua notável dedicação ao Espiritismo.
Amigo de Azevedo Marques, conseguiu com ele a experiência necessária para em 1890 lançar o jornal “Verdade e Luz”, a primeira publicação dedicada ao Espiritismo em São Paulo, e que na época conseguiu a façanha de ter uma tiragem de 5 mil exemplares. No final da vida abriu mão de todos os seus bens para os mais pobres e sua casa abrigou a instituição beneficente “Verdade e Luz”. Posteriormente em sua homenagem a rua onde morava foi batizada de Rua Espírita, que existe até os dias hoje. Batuíra viria a falecer em 22 de janeiro de 1909 e curiosamente está sepultado bem próximo de seu grande amigo em vida, Joaquim Roberto de Azevedo Marques.”



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