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domingo, 6 de outubro de 2019

LIVROS








LIVROS DOUTRINÁRIOS DE SERGIO FERNANDES ALEIXO

Recentemente tive a ventura de receber, com preciosos autógrafos, alguns livros doutrinários do renomado escritor, pesquisador e palestrante espírita Sergio Fernandes Aleixo. Já o admirava, desde os tempos em que começou a escrever ainda bem jovem (anos 90) no periódico “A Voz do Espírito”, de São José do Rio Preto (SP), órgão mantido pelo Grupo Espírita Bezerra de MenezesFoi um “presentaço” dele, não sei como devo retribuir.
Devo dizer que os li com o mais vivo interesse. Porque não são livros para se ler apenas e depois guardar na estante, onde vão ficar esquecidos. São livros para estudo contínuo. Elucidam, com fortes argumentos e sólido conhecimento doutrinário, questões profundas da existência humana e controvérsias lamentavelmente ainda existentes em relação a pontos importantes da Codificação Kardeciana, especialmente no tocante à estranha teoria do “Corpo Fluídico de Jesus”, consubstanciada na obra de J. B. Roustaing, (“Os Quatro Evangelhos” – A Revelação da Revelação) defendida desde sua fundação até recentemente pela Federação Espírita Brasileira. A propósito, ao que tudo indica, por força das improdutivas e desnecessárias dissidias que provocou no Movimento Espírita, esta obra tende a desaparecer do Catálogo Geral dos livros editados por aquela centenária instituição espírita. Esperamos que isso deveras aconteça.
Sergio Fernandes Aleixo, vai porém, ainda mais longe em suas didáticas e produtivas obras. Exegeta, avança pelo Antigo e Novo Testamentos para um destemido encontro com o “Espírito das Revelações”. E numa síntese que eu diria perfeita, com esteio nos lúcidos estudos e constatações de Allan Kardec, aclara os “Fundamentos da Relação entre o Espiritismo e o Cristianismo do Cristo”, onde destaca o ideal kardeciano de restauração do cristianismo primitivo, comprovando que  a figura do Espírito de Verdade  se identifica com a do próprio Cristo a trabalhar diretamente com Kardec na tarefa de constituição da Doutrina Espírita.
Em “O Mais Profundo Religar”, com prefácio do Médico Psiquiatra escritor e expositor do ICEB-Instituto de Cultura Espírita do Brasil, Jorge Andréa dos Santos, com a segurança de quem conhece profundamente a obra de Allan Kardec, o Professor e Pesquisador Sergio Aleixo nos traz em visão panorâmica os “Fundamentos Históricos e Conceituais do Espiritismo”. Livro lindíssimo.
Na obra “Com quem falaram os profetas?”, um livro de perguntas, mas de muitas respostas e que, a meu ver todos os evangélicos e católicos deviam ler, até para se auto abastecerem de conteúdos novos e indispensáveis na interpretação dos fatos bíblicos narrados, o autor traz à evidência os “Fundamentos Bíblicos da Fenomenologia Espírita” esclarecendo que os profetas não falavam diretamente com Deus, mas com intermediários d’Ele. Inclusive, Moisés. Aliás, Deus está tão acima dos homens que seria vã pretensão de qualquer mortal terráqueo ter o privilégio de falar com Ele. É claro que vão me objetar, com sua multidão de aloprados seguidores, os Senhores Waldemiro Santiago, R.R. Soares, Edir Macedo, Silas Malafaia e outros tantos pastores (e enganadores) que se autoproclamam “Procuradores de Deus”.
Carioca, Sergio Fernandes Aleixo (19out1970) graduou-se e se licenciou em Língua e Literaturas de Língua Portuguesa pelas Faculdades de Letras e de Educação da Universidade Federal do Rio de Janeiro (1990-1995). De família lusitana, foi católico até os dezoito anos quando leu, de Allan Kardec, “O Livro dos Médiuns”. Abraçando a causa, estudou a fundo o Espiritismo, se fez pesquisador, palestrante e escritor. Integra desde 1996 o quadro de expositores do ICEB e da AD-RJ, a qual presidiu.
Num de seus importantes livros, como forma de homenagear um dos maiores líderes e escritores espíritas recentes, o Professor e filósofo José Herculano Pires, falecido em 9 de março de 1979,  Sergio Aleixo brindou-nos com  O Metro que Melhor Mediu Kardec”. Aliás, o título faz referência a uma citação de Emmanuel, pela mediunidade de Chico Xavier.
Quero ainda falar, em sequência, dessa obra monumental de sua lavra: “O que é o Espiritismo” -  um marco na literatura espírita contemporânea – (tem o lindíssimo, profundo e bem fundamentado prefácio da não menos admirável escritora e pesquisadora espírita Dora Incontri.)
Nesta sumária exposição analítica do Espiritismo em seu tríplice aspecto (Ciência, Filosofia e Religião), o autor em linguagem simples, faculta ao leitor o entendimento de questões relacionadas à mediunidade, à reencarnação, ao Evangelho, patenteando que o Espiritismo “é uma doutrina que abrange todo o conhecimento humano, acrescentando-lhe as dimensões espirituais para a visualização da realidade total.”
Por último gostaria de registrar que o livro “O Primado do Espírito”, do lúcido escritor Sergio Aleixo, eu o li de um fôlego, durante doze horas sucessivas, repassando páginas e confrontando citações e referências, enquanto me restabelecia de uma cirurgia abdominal. É um verdadeiro tratado sobre a necessidade de o Movimento Espírita Brasileiro primar pela pureza doutrinária das obras que se publicam. O autor distingue a verdadeira Metodologia Espírita, adotada e transmitida por Kardec aos espíritas do mundo.  Adverte quanto à aceitação e divulgação, até por conceituados líderes espíritas de teorias e concepções incompatíveis com ensinamentos dos Espíritos Superiores, sob a égide de Jesus (O Espírito da Verdade).
Também o cisma roustanguista, bem como as teorias estapafúrdias de J. B. Roustaing em sua obra “Os quatro Evangelhos”, há muitos anos divulgada pela FEB- Federação Espírita Brasileira, são nesta obra original, devidamente enquadrados e com lisura e sensatez devidamente rechaçados.
Sergio Fernandes Aleixo (18/10/1970) publicou pela Editora Lachâtre os títulos: Reencarnação (1999), “Com quem falaram os profetas?” (2000), “O Espírito das Revelações” (2001) E “O Mais Profundo Religar” (2003).
Pelo Centro Espírita Leon Denis publicou: “Meu novo nome” (2003).
Pela Editora Nova Era nos brindou com “O Que É O Espiritismo” (2003).

Pelo Grupo de Estudo, Ética e Cidadania deu a lume a obra “O Espiritismo Perante a Bíblia” (2009).
E pela ADE (RJ) – Associação de Divulgadores do Espiritismo, “O Primado de Kardec” (2011).























sexta-feira, 4 de outubro de 2019

Homenagem a Batuíra




Túmulo de Batuíra


Inscrição na Lápide
Sergio de Sersank


Não creias tudo acabe sob a lousa fria
da terra que recobre os despojos carnais.
Nada sabe de Deus quem supõe “fantasia”
o haver vida abundante nos planos astrais.
Fita os astros no espaço. Ouve, que sinfonia!
Ciclos e mutações em pautas magistrais.
É a razão quem nos fala da Sabedoria
que sustém o universo e nos fez imortais.
Retrocede no tempo. O Evangelho do Mestre.
Redivivo, Ele torna ao cenário terrestre
e se faz a Esperança nos lares da dor.
Ergue os olhos ao céu d’onde todos provimos:
viajores do tempo, no espaço seguimos
para a glória da luz e as benesses do amor.
(Soneto classificado em 1º lugar no I Concurso de Poesia da ARTE POÉTICA CASTRO ALVES, de São Paulo (SP) em abril de 1991.)
....................
UM ESPÍRITA E ABOLICIONISTA 
BATUÍRA
Se há uma figura na sociedade paulistana que mereceria muito mais destaque, esta figura é Antônio Gonçalves da Silva, o popular Batuíra. Nascido em Portugal em 1839, foi um homem de incrível personalidade. Depois de passar pelo Rio de Janeiro e por Campinas, fixou residência em São Paulo, onde adquiriu diversos lotes de terra na região onde hoje está a rua Lavapés. Figura incrível, foi entregador de jornais (Correio Paulistano), fabricante de charutos e dono de teatro. Mas destacou-se principalmente pela figura bondosa que era ao acolher escravos fugidos em sua propriedade, o qual só os deixava partir se alforriados pelos seus senhores, e também por sua notável dedicação ao Espiritismo.
Amigo de Azevedo Marques, conseguiu com ele a experiência necessária para em 1890 lançar o jornal “Verdade e Luz”, a primeira publicação dedicada ao Espiritismo em São Paulo, e que na época conseguiu a façanha de ter uma tiragem de 5 mil exemplares. No final da vida abriu mão de todos os seus bens para os mais pobres e sua casa abrigou a instituição beneficente “Verdade e Luz”. Posteriormente em sua homenagem a rua onde morava foi batizada de Rua Espírita, que existe até os dias hoje. Batuíra viria a falecer em 22 de janeiro de 1909 e curiosamente está sepultado bem próximo de seu grande amigo em vida, Joaquim Roberto de Azevedo Marques.”