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domingo, 1 de maio de 2011

AO LEVE ROÇAR DA BRISA



Fonte:
Foto extraída do Banco de Imagens do Google



Numa visita ao jazigo 
de velho poeta amigo, 
à sombra de ermo cipreste,
surpreendi-me: a lousa fria,
como página vazia,
guardava o sereno epitáfio do mestre.

Lembrando-lhe o rosto risonho e tranqüilo, 
uns versos, dispersos,
à volta, entrevi. 
À brisa não culpem, 
se, pobres de estilo, 
grafei-os aqui: 

 - É apenas a estória 
do tédio de uma vida 
essa que, incauto poeta,  escrevi. 
Vinha de intérmina infância. 
Brincando de viver, ganhei distância 
e, saturado da vida, 
como tantos, a perdi.    
                                         
Nisto consiste o viver: 
compor como personagem 
da intérmina, estranha estória 
humana, um malogro a mais.

Ícaros, alçamos sob as asas
que se desfazem em penas 
sonhos de voos triunfais.

Os homens são argonautas. 
Nos nevoeiros do tempo 
têm seus destinos e avançam, 
avançam. Urge avançar. 
Mas, sabem: os seus veleiros 
soçobram no grande mar.”  

                                                
(Poema de Sersank para o livro “Estado de Espírito”)


Direitos autorais protegidos por lei


4 comentários:

  1. Do site “Recanto das Letras”

    http://www.recantodasletras.com.br/autores/sergiodesersank

    Oi, sou nova aqui e estou surpresa com as palavras brilhantes que encontro por aqui, gostei do estilo da sua poesia.
    Fleurdujour
    01/05/2011 16:01

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  2. Olá, Fleur!
    Li seus trabalhos recentes. Sua poesia é muito bonita. Siga em frente.
    Meu abraço,
    Sergio

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  3. Pelo Facebook:

    Nosso veleiro verga,mas não sucumbe,e nem vai ao fundo.E assim seremos mais que vencedores.Alcançaremos o lado de lá,triunfantes...
    A verdade vos libertará...palavras de Jesus!¨

    Nicéia Rosa J. Fagotti
    Poetisa de Toledo - PR
    28 mar 2012

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  4. Obrigado, mais uma vez, minha querida amiga pelo carinhoso apoio que me tem dado. Bj!

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