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domingo, 6 de fevereiro de 2011

POEMA DA NOITE VAZIA


O poeta Mario Quintana em seu quarto no Hotel Majestik
 (hoje Casa de Cultura Mario Quintana - PA)
Fonte:


Depois de algum tempo
pensando o poema,
queda, a um suspiro,
inerte, a caneta -
leve instrumento
que a mão do poeta
mal soube tocar...

Noite asfixiante. 
A saúde precária.
A casa deserta.
À janela, entreaberta,
nuvens espessas
cobrindo o luar.

Exausto, cerro a cortina.
Dispo-me, agora, me deito.
Não quero, esta noite,
nem ler, nem rezar.

Sou - tal me sinto - um ser ectoplásmico -
vulto sem cor, crença ou pátria,
duplo etéreo, extemporâneo,
de um homem que se desconhece
e deixa a vida o levar.

Um outro e melhor poema
não me daria esta noite
com suas nuvens espessas
a recobrir o luar...


(Do Livro "Estado de Espírito", de Sersank)

2 comentários:

  1. Sobre “POEMA DA NOITE VAZIA”

    Do site: www.luso-poemas.net

    KARLA BARDANZA
    Publicado: 06/02/2011 02:16 Atualizado: 06/02/2011 02:16
    Colaborador


    Usuário desde: 24/6/2007
    Localidade: Refúgio das Deusas
    Mensagens: 7746

    Re: POEMA DA NOITE VAZIA

    Belíssimo poema.

    Abraços


    Karla Bardanza


    Ler mais: http://www.luso-poemas.net/modules/news/article.php?storyid=174184#ixzz1DCmlubwf
    Under Creative Commons License: Attribution Non-Commercial No Derivatives

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  2. Re: POEMA DA NOITE VAZIA P/ KARLA BARDANZA

    Bom dia, Karla!
    Você que trabalha tanto, varando como eu as madrugadas, bem que merece um domingo especial. É o que lhe desejo.
    Fique bem, fique em paz e dê meu abraço ao estimado Julio.

    Sersank
    06jan2011

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