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segunda-feira, 1 de fevereiro de 2010

AO PÉ DA LÁPIDE FRIA



TRIBUTO A WILSON MARTINS

Do espírito de Teseu
o seu estava animado:
amou, lutou, foi amado,
nem sentiu que envelheceu.
Regou, com suor honrado,
os campos que percorreu.
Deita, agora, em paz consigo,
neste solo, o cetro seu.

Do corpo somático
inerte, exaurido,
translúcido, emerge
o duplo aguerrido
do homem que era
e se sabe que é:
o vulto de um homem
mais vivo e desperto
que à nossa dianteira,
prossegue de pé.

Sersank Kojn


(Foto do Banco de Imagens do Google. Desconheço o autor)
(

Um comentário:

  1. Parabéns por esta poesia adorei pode lê-la em seu livro e vim procura-la para deixar registrado aqui meu encanto com suas palavras.

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