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domingo, 10 de janeiro de 2010

E por falar em poesia...

Faço minhas as palavras do inolvidável crítico literário e também poeta, Amadeu Amaral: "O meu sonho de arte, modesto e calado, é que o artista desapareça, desapareçam as pretensões à durabilidade, desapareça todo sectarismo e todo exclusivismo, desapareça toda política e toda vontade de predomínio. E o poeta se resigne - corajosa e serenamente - a ser apenas uma voz que passa, boa, bela, excelente, se no momento em que passava lançou, deveras, em algumas almas, um pouco do prazer divino da idéia e do sonho. E, assim, a poesia seja uma perpétua sucessão de flores de um dia, contentes de viver um instante no perpétuo esplendor das coisas transitórias." (Amadeu Amaral, in Poesia de Ontem e de Hoje - livro: "O Elogio da Mediocridade" - Hucitec - S.Paulo, 1976)

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