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terça-feira, 29 de julho de 2014

UM GRITO DE REVOLTA


 
 
ODE ÀS CRIANÇAS MORTAS DA PALESTINA
 
 
Imagem: Bushra Sharam

"Jerusalém, Jerusalém, que matas os profetas e apedrejas os que te foram enviados! Quantas vezes Eu quis reunir os teus filhos como a galinha reúne os seus pintinhos debaixo das suas asas, mas  não o aceitastes!" (Lucas, XIII; 34)
 
Como vê-las, assim,
meros alvos apenas
de duros sistemas
de ódio e opressão?
São aves que voam,
mesmo ceifadas
suas asas no chão.
 
Clamam por elas
desesperadas
mães com seus gritos.
Clamam ribeiros,
caminhos, cidades,
escolas, indústrias,
púlpitos, lares,
rostos aflitos.
 
Como vê-las, assim,
meros alvos apenas
de duros sistemas
de ódio e opressão?
Que adentrem as luzes
dos céus infinitos,
mesmo ceifadas
suas asas no chão. 
 
Aves crianças,
levem as dores
de um mundo que morre,
(de um mundo que morre
por culpa dos homens)
para as estrelas
na imensa amplidão.
(Sersank, julho de 2014, quando todo o noticiário destaca o abominável genocídio praticado por Israel na Faixa de Gaza.)





Foto de Dhakar News


Veja a publicação no BondeNews:

 
 
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quinta-feira, 10 de julho de 2014

PALAVRAS - Poema Musicado




Composição de Sersank e Cilênio Peres

Junho/2014

 

Vida é uma palavra ríspida
lazer – uma palavra fútil
futuro é uma palavra incerta
sonho – uma palavra inútil. 

Trabalho é uma palavra rude.
terra é palavra fecunda
lar é uma palavra linda
fome – é  palavra  funda. 

Família é palavra que se cria
amigo – uma palavra sempre boa
fraternidade é palavra difícil
esperança – uma palavra à-toa. 

Crença é palavra de outro mundo.
medo – a palavra mais fria.
Mundo é uma palavra imensa
pátria – uma palavra sem valia. 

Amor é a palavra maior e mais viva.
é a rima do céu para a dor.
 
 
(Do livro"Estado de Espírito", Sersank, Ed. Ithala, Curitiba; 2013)

 
 


 


VORTOJ

(Prenitaj el la fragilaj muroj de mizera dometo, kie vivadis iutage vere povra familio)
 

Vivo: ve! - malglata vorto.
Amuz’: - gaja vorto vanta.
Estonto: - olda vort’ necerta.
Revo: - ora vorto vana. 

Labor’: plena vorto, kruda.
Tero: vort’ la plej fekunda.
Hejmo - dolĉa vort’ mirinda.
Malsato -  ho, vort’ profunda. 

Familio: krea vort’. Ĝi sin kreas.
Amiko: ekde ĉiam bona vort’.
Frateco: vort’ ankoraŭ malfacila.
Espero: vorto nur, tamen de sort’. 

Kredo: vort’ el la transmondo.
Timo – frida, vort’ angora.
Mondo – vorto senmezura.
Patrio – bela vorto, senvalora. 

Amo – super ĉiuj viva vort’
estas rim’ el la ĉiel’
ĉe l’ dolor’.
 

(Tiu ci poemo en la portugala lingvo estis publikigita en la verko "Estado de Espírito", Sergio de Sersank, Ed. Ithala, Curitiba; 2013 - Brazilo)